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sexta-feira, 8 de maio de 2009

Garoto rico e sua cadeira formidável

Dois amigos de infância não se viam há muito anos e, por imensa coincidência, se reecontraram um dia. Conversa vai, conversa vem e um deles descobre que o outro fizera extremo sucesso na vida. Seu amigo, ao contrário, fizera-se apenas professor, lutando contra as contas e as provas. O primeiro era garoto muito rico, vivia em mansão imensa, situada no bairro mais chique da cidade. Casara e somara à sua, a fortuna do sogro, mantenedor de importante faculdade. Após algumas cervejas e gostosas recordações da infância que não volta mais, o amigo rico despede-se, entregando um cartão com seu endereço e uma intimação:
Não aceito desculpas. Espero-o para uma visita. Pode ir mesmo em dia útil, pois jamais sujo minhas mãos e meus ternos Armani no trabalho.
Convite aceito, dias depois o amigo professor comparece e confere. A casa era realmente um espetáculo, o luxo vazava até pelo despejo, mas atroz surpresa... Ao ser recebido pelo amigo rico, percebe que ao lado, sorridente, está seu filho de cerca de doze anos em uma cadeira de rodas. Consternado, cheio de brandura e piedade, não contém a emoção e exclama:
- Meu Deus! Eu não sabia que seu filho não podia andar! Que pena!
- Não, não! Não se preocupe, exclamou sorrindo o amigo milionário. Poder andar ele pode, mas ocorre que ele não precisa. Somos muito ricos! ( Antunes, 2003, p.19)

Cabe a nós uma pequena reflexão!

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